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Tragédia do Rio Grande do Sul é a primeira das maiores que vamos ver, afirma cientista político

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Tragédia do Rio Grande do Sul é a primeira das maiores que vamos ver, afirma cientista político

Claudio Couto concedeu entrevista à Rádio Metropole nesta quinta-feira (9)

Tragédia do Rio Grande do Sul é a primeira das maiores que vamos ver, afirma cientista político

Foto: Reprodução

Por: Metro1 no dia 09 de maio de 2024 às 09:29

Atualizado: no dia 09 de maio de 2024 às 10:43

Com 100 mortos e mais 130 desaparecidos, o caos gerado no Rio Grande do Sul com as fortes chuvas e enchentes levanta o questionamento sobre quais foram as medidas de contenção tomadas para lidar com crise climática que acomete todo o mundo. Segundo o cientista político Claudio Couto, a tragédia é, talvez, o primeiro dos maiores eventos desse porte que ainda irão acontecer diante das mudanças geradas pelo aquecimento global em curso. 

Em entrevista à Rádio Metropole nesta quinta-feira (9), ele afirmou ainda que a tragédia do Rio Grande do Sul não aconteceu do nada. "Ela é resultado de uma série de decisões que as pessoas vão tomando ao longo do tempo. Tanto de decisões a longo prazo, como o aquecimento global. Estamos em um ponto de difícil reversão. A questão daqui para frente é tentar minimizar o efeito desse processo. Porque um evento como esse não é o maior que já se viu, é talvez o primeiro dos maiores que vamos ver", afirmou.

Claudio Couto ainda criticou a falta de investimentos do Executivo municipal de Porto Alegre, uma das cidades mais atingidas pelas enchentes, na prevenção de tragédias. Como revelado pelo Portal UOL, a prefeitura de Porto Alegre não investiu um real na prevenção. Segundo o Portal de Transparência da cidade, em caixa, o departamento responsável tem disponível R$ 428,9 milhões. 

As críticas também recaíram sobre o governador do estado gaúcho, Eduardo Leite (PSDB). "Logo no início do mandato do governador, foi aprovado um pacote legislativo que criou um libera-geral do ponto de vista ambiental. Teve um grande pacote de desregulação patrocinado pelo governo e sua base na Assembleia Legislativa", disse.

O assunto já foi tema de matéria da Folha de S. Paulo, que ainda apontou que o antigo Código Ambiental, que levou quase 10 anos para ser elaborado, sofreu mudanças após um pedido de Leite e foi aprovado na Assembleia em 75 dias.

Confira a entrevista na íntegra: